Ilhéus - Bahia - Brasil

Iluminada por um sol que brilha quase 300 dias por ano privilegiada por uma localização que a aproxima das principais cidades do País, Ilhéus caminha para se tornar um dos mais importantes polos turísticos do Nordeste. A cada ano, aumenta o número de pessoas que a visitam atraídas por sua natureza exuberante, seu acervo arquitetônico e sua história rica de personagens marcantes.

História e Cultura
Ocupada inicialmente pelos portugueses, Ilhéus chegou a ser a capitania mais lucrativa da coroa, então foi entrando em lenta decadência até que foram trazidas as primeiras mudas de cacau. Daí teve início a grande luta pelo desbravamento desta terra, pontilhada pelo sangue de índios e jagunços, tocaias nas trilhas que naquela época interligavam vilas e fazendas. A maioria dos seus 200 mil habitantes hoje vivem na cidade, apesar desta ser um município bastante extenso, com cerca de 90 quilômetros de praias.

O Cacau


O chão de cacau que ocupa todo o sul da Bahia, é uma região quase do tamanho de um pequeno país. São noventa mil quilômetros quadrados que, abrangendo duas capitanias hereditárias - Ilhéus e Porto Seguro - refletem muito da história do Brasil. Os marcos da descoberta, como o Monte Pascoal, a Bahia Cabrália e a Coroa Vermelha aí estão como imagens vivas do mais antigo passado. E, se daí saíram as primeiras entradas brasileiras para o interior, também aí começou a exploração da terra. A mesma terra que permitiu a Pero Vaz de Caminha dizer em carta ao rei que "em se plantando tudo vinga".
O cacau, assim apontado na colônia, não se distenderia com rapidez até se converter em vértice do ciclo agrícola. A penetração, a aproveitar um solo e um clima organicamente feitos para ele, seria lenta por imposição da resistência da selva e das matas.
Daí teve origem a saga do cacau, tão bem contada nos livros dos escritores como Jorge Amado e Adonias Filho, que entre outros, concorreram para descrever o que é realmente um complexo de cultura regional. Existe em Ilhéus e região, em termos culturais, uma civilização tão diferenciada como a do café paulista, e a borracha amazônica.